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A PASSIFLORA.
(Poesia da Condessa de Chambrun. )
Neste meu declinar é minha flôr querida.
Chamem-na outros embora só flôr da Paixāo,
Eu a chamo flôr da vida;
Ha pois differença? Nāo.
D’espinhos tem a corôa,
E escada aos ceus s’elevando;
Divinas gottas escôa,
Hyssope ou mel distillando.
Tem o verde da esperança;
Tem do luto o arroxado.
É alegria, ou dôr que cansa;
Berço ou tumba de finado.
É pois em meu declinio a minha flôr querida;
Do dia que enlanguece tem o claro-escuro.
É ella a imagem da vida;
É o passado; é o futuro.