Jump to content

Page:Poesias de Dom Pedro II.pdf/152

From Wikisource
This page has been proofread.

69

ESTANCIAS

 

dirigidas a S. M. o Senhor D. Pedro de Alcantara.

 

Poesia de Alfredo Theulot.

 

Eil-os quebrados; tronco e mais grilhāo;
E os filhos da humana comunhāo,
Sāo amigos pelas leis.
E o acto de paz, tāo justo e sublimado,
O mais bello que o seculo ha practicado,
Ao Brazil, vós o deveis.

Foste tu que fizeste o que hoje somos,
Lembrando a uns que homens sempre fomos,
E a outros o seu dever.
Duplo libertador, tua māo amada,
Nobre poupa ao escravo a sorte airada,
E a nós o pudor de o vêr.

Que mudança! era hontem barbaria;
A vida começava e, preso, já soffria
Sem descanço no labor.
Ceu sem o ar puro que o homem livre aspira,
Casa sem lar, filho que nāo sorrira,
Māe, coitada sem amor!